Alma que reclama, coração que geme,
Partir é um fardo, um adeus que sangra,
Saudade aperta, a dor que tanto se teme.
No crepúsculo daquilo que se amou,
A despedida é um lamento, um lamento,
A triste ida, um adeus que nos deixou,
Com o vazio profundo, o peito em tormento.
Oh, como dói ver-te partir, amada minha,
A saudade aperta, a alma não se satisfaz,
Nosso adeus, uma tristeza estar sozinha,
No coração, a marca que não se desfaz.
Mas na partida, há também a esperança,
De um reencontro, de um novo amanhecer,
Mesmo na dor da despedida, a bonança,
Que um dia, nossas almas irão se ver.
Assim, na triste ida, guardo a lembrança,
De um amor que eterno há de florescer,
E a saudade, embora fira-me como uma lança,
Não roubará o amor que sempre há de viver.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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