Buscando um ponto firme para me ancorar.
No horizonte distante, tudo está tão nublado,
E eu, perdido, não sei onde procurar.
Por vales escuros e montanhas de desespero,
Caminhei, sem descanso, tentando encontrar,
Uma superfície segura, um solo sincero,
Onde meu coração pudesse repousar.
Mas o mundo é vasto, e o tempo, traiçoeiro,
E a esperança por vezes começa a vacilar.
Onde está esse ponto, refúgio derradeiro?
Será que em mim mesmo devo me achar?
Talvez o apoio não esteja no mundo externo,
Mas dentro de mim, esperando revelar.
Que a força, a coragem, o amor eterno,
Estão em mim, só preciso saber olhar.
Então busco não mais no exterior a direção,
Mas no silêncio interno, começo a mergulhar.
E ali, na profundeza da alma e do coração,
Descubro o ponto de apoio que cessei de buscar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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