Que não se permitem ver as estrelas
Nevoeiros que cobrem as águas do mar
Impossibilitando que se vislumbrem as embarcações
Cataratas nos olhos que não enxergam mais nada
E o abismo é tão real como a luz do dia
Os passos tornam-se indecisos e imprecisos
Na solidão que permanece à espreita
No silencioso quarto do desespero de uma vida
Que busca alento em uma esperança falida
Fantasias irreais de um tempo que não me lembro
Onde havia sorrisos pela casa
Gritarias em momentos inoportunos
Que ameaçavam a paz dos solitários
Tempos que faziam as coisas acontecerem na memória
No mais profundo coração congelado
Ao causar um temor
Que o fizesse pensar em sua liberdade
Nos sonhos que obtivera ao longo da caminhada
E que mais pareciam presos aos grilhões da solidão
Quando a alegria dos outros incomoda
É hora de buscar refúgio na escuridão da caverna
Para que a loucura não tome conta de seus sentidos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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