segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Um hóspede clandestino

A presença invisível da alma vagueia, 
Por entre as sombras do entardecer. 
Em cada esquina, em cada ideia, 
O mundo tenta a essência entender. 

Pessoas que vivem desencantadas, 
Com olhares que perderam a cor, 
Buscando respostas nas estradas, 
Mas encontrando apenas o sabor amargo da dor. 

O sonho é sempre um hóspede clandestino, 
Entra sem pedir, sem fazer alarde, 
No silêncio da noite, traça seu destino, 
Sob o manto da lua, faz com que o peito arde. 

Existem profetas que profetizam outras coisas, 
Visões que vão além do que se vê, 
Palavras misteriosas, propostas atrevidas, 
Prometem ao coração o que o mundo não pode oferecer. 

Mas em meio ao caos, à sombra do incerto, 
Surge a esperança, um brilho que não se ofusca, 
A presença da alma, sempre por perto, 
Revela que viver é sempre o que se busca. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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