terça-feira, 5 de setembro de 2023

Vento íntimo amoroso

 No auge da noite silente, 
Convidei o vento, sutil e fremente, 
Para ser testemunha, com seu sussurro errante, 
Da primeira vez que me entreguei a ti, amante. 
 
O vento, curioso e impertinente, 
Acercou-se do quarto, tocando a gente, 
Com sua carícia fria, mas reconfortante, 
Como um sopro de vida, algo vibrante. 
 
Nossos corpos dançavam com a leveza do ar, 
Guiados por esse vento, sem cessar, 
Na melodia da paixão, sem hesitar, 
Entrelaçamos almas, deixamos o mundo girar. 
 
O vento contou segredos ao teu ouvido, 
De amores passados, de corações feridos, 
Mas nessa noite, tudo foi esquecido, 
Pois em teus braços, achei meu abrigo. 
 
A manhã chegou, e o vento se despediu, 
Mas a memória daquela noite, nunca partiu, 
A cada brisa que sinto, em meu rosto a tocar, 
Lembro de ti, e do vento, a nos embalar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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