sábado, 3 de fevereiro de 2024

Sistema ignorante

Será que o mundo está doente 
E o povo tão dependente 
Que estão todos viciados ou adestrados? 
Todos aqueles de palavras erradas 
E vozes inquietas 
São os que provocam o caos na humanidade? 

O que são esses inúmeros adolescentes 
Distantes uns dos outros 
Com olhares velhacos e cheios de incompreensão? 
Como poderão conduzir o futuro 
Se não se interessam pelo presente 
E menosprezam veementemente o passado? 

Quem são os que são escravos 
De um gigantesco sistema ignorante 
Que não se preocupa com a educação dos jovens? 
Como resistir as tentações expostas 
Quando os dias são preenchidos pela incompreensão 
E documentados para a posteridade? 

O que fazer com aqueles perdidos 
Em um longínquo campo amarelado 
Onde as palavras morrem por elas mesmos? 
Como tirar da mente a lavagem cerebral 
Das longas conversas monologantes 
Dentro das cabeças nada imaginativas? 

Qual seria o destino daqueles 
Que lutam bravamente contra a ditadura inteligente 
Respaldada pelos mecanismos do passado? 
Como se livrar do perigo iminente 
Causado pela violência de se estar perdido 
Onde ninguém consegue enxergar? 

Como vencer os desafios expostos 
Por todos aqueles que não estudaram 
Nas semanas de provas? 
Qual seria o livro ideal para os jovens 
Que pudesse levá-los a uma breve reflexão 
E perfurar o crânio protegido pela ignorância? 

Quem poderia ultrapassar as barreiras 
Seguras de uma loucura total 
Sem correr o risco de um colapso coletivo? 
São as grandes perguntas que perpassam a mente 
Sem respostas certas para o coração 
Porque nada é exatamente como parece ser. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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