E o povo tão dependente
Que estão todos viciados ou adestrados?
Todos aqueles de palavras erradas
E vozes inquietas
São os que provocam o caos na humanidade?
O que são esses inúmeros adolescentes
Distantes uns dos outros
Com olhares velhacos e cheios de incompreensão?
Como poderão conduzir o futuro
Se não se interessam pelo presente
E menosprezam veementemente o passado?
Quem são os que são escravos
De um gigantesco sistema ignorante
Que não se preocupa com a educação dos jovens?
Como resistir as tentações expostas
Quando os dias são preenchidos pela incompreensão
E documentados para a posteridade?
O que fazer com aqueles perdidos
Em um longínquo campo amarelado
Onde as palavras morrem por elas mesmos?
Como tirar da mente a lavagem cerebral
Das longas conversas monologantes
Dentro das cabeças nada imaginativas?
Qual seria o destino daqueles
Que lutam bravamente contra a ditadura inteligente
Respaldada pelos mecanismos do passado?
Como se livrar do perigo iminente
Causado pela violência de se estar perdido
Onde ninguém consegue enxergar?
Como vencer os desafios expostos
Por todos aqueles que não estudaram
Nas semanas de provas?
Qual seria o livro ideal para os jovens
Que pudesse levá-los a uma breve reflexão
E perfurar o crânio protegido pela ignorância?
Quem poderia ultrapassar as barreiras
Seguras de uma loucura total
Sem correr o risco de um colapso coletivo?
São as grandes perguntas que perpassam a mente
Sem respostas certas para o coração
Porque nada é exatamente como parece ser.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário