domingo, 25 de fevereiro de 2024

Melodia dos anjos

Venho de um lugar muito distante 
E desejava apenas viver em paz comigo mesmo 
Eu sou o NÃO escarrado em sua cara 
Aquele que vive escondido 
Sem saber o certo onde colocar os pés 
A brisa corrupta da podridão 
O que detém a chave do mundo 
Que abre os portões enferrujados 
E escancara as jaulas da Bastilha 
Porque sou colecionador de cabeças humanas. 

Quem são esses que estão com punhados de dinheiro 
Que vendem falsas esperanças 
E gritam como loucos pelas ruas da cidade 
Tentando enganar os que passam despercebidos 
Pelas vielas escuras e fedorentas? 
Quem são os que tentam de todas as formas 
Esconderem os timbres firulados? 
Que fazem esculturas dos personagens midiáticos 
Com o barro calcificado de um morro 
Que desmoronou com as chuvas de janeiro. 

Por que nada mais importa para os homens 
Que desprezam as orientações de Deus? 
Será que o ópio de Deus é o vento? 
Quem sabe explicar a melodia dos anjos 
Que vivem entoando sem parar as suas canções 
No infinito simplório e misterioso universo? 
Definitivamente o mundo não é o que conhecemos 
E nem um dia será como foi o anterior 
E como videntes em um campo de batalha 
Deslumbramos o casamento entre o céu e o inferno. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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