quinta-feira, 11 de maio de 2023

Na solidão

Na vastidão silenciosa do meu ser, 
Encontro-me imerso na solidão, 
Um oceano de pensamentos a crescer, 
Um eco solitário em meu coração. 

Nas sombras frias da noite escura, 
Caminho sozinho sem ninguém por perto, 
Os passos ecoam, a alma se mistura, 
Com a tristeza que habita neste deserto. 

No silêncio, sinto-me pequeno e frágil, 
Como uma estrela perdida no céu distante, 
Observando a vida que segue seu afã ágil, 
Enquanto eu permaneço na solidão constante. 

A solidão, como uma companheira fiel, 
Aconchega-se em meus braços com destreza, 
Envolve-me em sua teia de um véu, 
E tece a tristeza em minha tristeza. 

Mas na solidão também encontro abrigo, 
Um espaço de introspecção e reflexão, 
Um tempo precioso para o autoabrigo, 
Onde posso encontrar minha redenção. 

Na solidão, nasce a melodia do meu ser, 
Palavras ganham vida em poesia, 
É nesse encontro solitário que posso ver, 
A beleza que reside em minha fantasia. 

E assim, abraço a solidão como parte de mim, 
Um portal para um mundo interior vasto e profundo, 
Um lugar onde a alma encontra seu fim, 
E se liberta, encontrando paz no mundo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense (*)

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