quinta-feira, 11 de maio de 2023

Vou adiante, mesmo sem saber

No mar de continuidades, navego sem rumo, 
Em busca de respostas, em meio ao nevoeiro. 
O futuro se revela um enigma profundo, 
E a cada passo dado, o destino é passageiro. 

As dúvidas são ondas que vêm e que vão, 
Sacudindo a embarcação da minha existência. 
Não sei que caminhos me levarão além, 
Pois o horizonte se perde na imensidão. 

A cada escolha, um universo se desfaz, 
E outros se abrem diante dos meus pés. 
Mas como saber qual o melhor caminho a seguir, 
Quando todas as estradas são tão efêmeras? 

A meditação é uma companheira constante, 
Que sussurra em meus ouvidos a cada momento sentido. 
Mas não posso temê-la, pois é na sua sombra 
Que encontro a coragem de enfrentar o desconhecido. 

E assim, vou adiante, mesmo sem saber, 
Se minhas pegadas se perderão no tempo. 
Pois a vida é feita de intensidades e riscos, 
E é nas suas entranhas que descubro meu alento. 

Então, permita-me dançar na corda bamba da vida, 
Com a certeza de que o medo não me dominará. 
Pois só através das incertezas eu me reinvento, 
E na sua imprevisibilidade, encontro a paz que me acalmará. 

Que as ideias conclusivas sejam meu mote e meu abrigo, 
Enquanto eu navego neste mar turbulento. 
Pois é nas suas águas revoltantes que encontro a verdade, 
E me entrego ao fluxo incerto do tempo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense (*)

Nenhum comentário:

Postar um comentário