Entre fogo cruzado se encontra o meu rosto,
Um ser solitário e impotente,
Num mundo que parece cheio de desgosto.
O rugir das armas é ensurdecedor,
Ecoa tristeza e medo no ar,
Sou um peregrino sem abrigo,
No campo de batalha a vagar.
O calor das chamas consome meu peito,
Enquanto balas traçam meu caminho,
Em meio à violência, há desencanto,
E a esperança se perde no ninho.
Mas mesmo cercado pelo caos,
Eu nutro uma chama dentro de mim,
Uma voz sussurra coragem e fé,
Na luta, eu encontrarei um fim.
Pois mesmo que esteja entre fogo cruzado,
Ainda sou dono da minha vontade,
Buscarei a paz, erguendo minha bandeira,
Mesmo estando no meio da tempestade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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