Onde fantasmas dançam em tempos idos,
Revela-se um mundo de sonhos esquecidos,
Onde o passado vive em silêncio escondido.
Lá vagam espectros de tempos remotos,
Figuras pálidas, eternos devaneios,
Sussurros de histórias, ecos soltos,
De um passado desvanecido em anseios.
São os fantasmas de um tempo distante,
Que ecoam nas brisas noturnas,
Traços efêmeros de uma vida errante,
Em ruínas de lembranças taciturnas.
São velhos amores, amizades desfeitas,
Risos que já não mais se ouvem no entardecer,
Promessas quebradas, histórias incompletas,
Num cenário etéreo, a vida a se desvanecer.
Cada fantasma carrega sua história,
Marcas do passado, cicatrizes profundas,
Revelam-se em sombras de melancolia,
Como vestígios das almas moribundas.
Mas esses fantasmas, com sua aura de dor,
Não são apenas tristes espectros sem vida,
São vestígios de um tempo cheio de esplendor,
Lembranças que clamam por uma despedida.
Ergo meu olhar para o horizonte distante,
Deixo que o passado se desvaneça no ar,
Abro meu coração para um futuro vibrante,
E os fantasmas do tempo, finalmente, libertar.
Que suas histórias se tornem suspiros suaves,
Que se dissipem no vento, como poeira no ar,
Que encontrem paz nas margens de outros mares,
E que novos tempos possam enfim brotar.
Então, adeus fantasmas do tempo passado,
Sigam em paz, além do véu do esquecimento,
Pois é no presente que construímos nosso legado,
E abraçamos o futuro com cada novo momento.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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