Que importa o amanhã, se temos o agora,
O tempo suspenso, a vida que passa
Sem exigir que pensemos nos minutos?
Teus olhos acendem estrelas perdidas,
Minhas mãos percorrem tuas curvas
Extraindo suspiros das almas envolvidas.
O mundo lá fora já não nos seduz,
O vento sussurra promessas na cama
Onde descobrimos segredos profundos.
O relógio descansa, esqueceu de bater,
A lua vigia sem nada dizer
E eu me entrego totalmente a você.
Que seja infinita, que seja envolvente,
A febre que dança na pele da gente
Como um fogo que queima sem parar.
Se o sol nos alcançar, que seja em vão,
Pois fomos eternos na escuridão
De onde aprendemos a forma singela de amar.
Então vem, sem pressa, sem medo, sem receios,
Nós temos essa noite... quem precisa do amanhã?
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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