No silêncio de um quarto vazio,
Ecoam memórias de um tempo fugaz.
O vento sussurra um nome tardio,
Mas ninguém responde — ninguém mais.
Os dias desfilam em sombras pálidas,
Frágeis como vidro prestes a ruir.
O peito aperta, as noites são cálidas,
Mas dentro, só há frio a existir.
As promessas, outrora tão belas,
Hoje são cinzas levadas ao chão.
E o coração, que pulsava sob as estrelas,
Se perde em ecos de escuridão.
Quebra-se enfim, sem som, sem alarde,
Como um suspiro que o tempo desfaz.
Pois nada mais resta, só a saudade,
E um coração que já não bate mais.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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