segunda-feira, 3 de março de 2025

Quando um coração solitário se quebra

No silêncio de um quarto vazio, 
Ecoam memórias de um tempo fugaz. 
O vento sussurra um nome tardio, 
Mas ninguém responde — ninguém mais. 
 
Os dias desfilam em sombras pálidas, 
Frágeis como vidro prestes a ruir. 
O peito aperta, as noites são cálidas, 
Mas dentro, só há frio a existir. 
 
As promessas, outrora tão belas, 
Hoje são cinzas levadas ao chão. 
E o coração, que pulsava sob as estrelas, 
Se perde em ecos de escuridão. 
 
Quebra-se enfim, sem som, sem alarde, 
Como um suspiro que o tempo desfaz. 
Pois nada mais resta, só a saudade, 
E um coração que já não bate mais. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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