domingo, 27 de abril de 2025

A memória do meu futuro

A memória do meu futuro pesa tanto em mim 
Que o agora se desfaz em silêncio. 
Carrego imagens ainda não vividas 
Como quem guarda retratos de sonhos quebrados. 
Tão vívido é o que ainda não aconteceu 
Que prefiro não tocar o instante, 
Não quebrar o frágil vidro do presente 
Com as mãos ansiosas de quem já sabe demais. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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