Alguns encontros não são meros acidentes.
São poemas antigos,
Escritos à margem do tempo,
Disfarçados de coincidência.
Às vezes, é o próprio destino que se curva,
Rabisca versos no chão da vida,
E nos guia, desavisados,
Para o abraço que já nos aguardava.
Cada olhar que cruza o nosso,
Cada palavra dita sem pensar,
É a rima secreta de uma canção
Que não lembrávamos saber.
Há mãos que se tocam
Como se folheassem um livro esquecido,
E sorrisos que se encaixam
Feito peças de um quebra-cabeça
Que só o universo conhece.
Quando almas se encontram assim,
Não é acaso.
É poesia em estado bruto,
Vestida de emoção.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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