Fazer amor com desejo no olhar
É abrir portais de carne
Com a chave do espírito.
É quando o olhar roça a pele
Como um feitiço quente,
Desenhando promessas em chamas
Sem dizer uma só palavra.
É o toque que ainda não veio,
Mas já estremece.
É a alquimia do querer,
A magia antiga de dois corpos
Que se reconhecem como templos —
E se adoram como deuses.
Ali, entre suspiros e segredos,
O prazer não é só físico:
É sagrado, é selvagem,
É oração em gemido
E céu desabando no lençol.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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