domingo, 20 de abril de 2025

Os caminhos da razão

A razão caminha em linhas sutis, 
Entre pedras de dúvida e flores de certeza, 
Com passos firmes, mas olhos atentos, 
Como quem dança na beira do abismo 
Sem nunca se lançar. 
 
Ela traça mapas no silêncio do pensamento, 
Faz pontes entre o que é e o que pode ser, 
Tece perguntas em fios de lógica, 
E colhe respostas nas margens do talvez. 
 
Às vezes, veste-se de matemática e exatidão, 
Noutras, esconde-se nos labirintos da linguagem, 
Mas nunca se perde. 
Ela apenas escolhe outros rumos 
Para alcançar o mesmo horizonte. 
 
A razão não grita, sussurra. 
Não impõe, convida. 
E mesmo quando parece fria, 
Há nela o calor sereno 
De quem busca entender 
Antes de julgar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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