quarta-feira, 9 de abril de 2025

Janelas do ser

Os olhos são janelas, 
Não apenas para o mundo, 
Mas para dentro — 
De quem olha e de quem é olhado. 
 
Há quem veja paisagens, 
E há quem veja almas. 
Há quem repare o reflexo, 
E há quem atravesse o vidro, 
Para tocar o invisível. 
 
Quando um olhar encontra outro, 
E se demora, 
É o ser dizendo ao ser: 
“Eu te vejo além da superfície.” 
 
Não é só o que entra pelos olhos que importa — 
É o que sai deles. 
É a luz, o abismo, o afeto, 
O silêncio que diz: 
“Sou casa aberta para quem ousa entrar.” 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário