Ainda vivem nas cordas da minha voz,
Dormindo em um canto de silêncio
Onde o tempo não pôde alcançar.
Toda melodia que não nasceu
É um beijo que não te dei,
Um sopro de vento
Que ficou preso no peito.
Há versos que nunca souberam teu nome,
Mas que carregam teu rosto
Nas entrelinhas do ar.
Versos que não consigo esquecer.
O tempo me roubou a partitura,
Mas não a música.
Ela ainda dança na minha mente
Quando penso em você.
Cada canção perdida
É uma pétala que caiu antes da primavera,
Mas que ainda perfuma minhas mãos.
Quem sabe a canção perfeita.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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