Eu jurei que não.
Gritei para dentro de mim
Mil vezes: NÃO!
Fechei os olhos,
Arranquei seus rastros dos meus pensamentos,
Rasguei lembranças,
Afoguei vontades.
Mas você…
Você continuava ali.
Na curva da minha respiração,
No intervalo entre um batimento e outro,
Na parte mais escura dos meus sonhos.
Quanto mais eu lutava,
Mais você crescia em mim
Feito febre,
Feito praga,
Feito tudo aquilo que destrói devagar.
E agora estou aqui,
Esgotado, vencido,
Com as mãos tremendo de tanto resistir.
Amar você não é uma escolha,
É um incêndio que me consome inteiro
Enquanto eu grito,
Sabendo que ninguém vai me ouvir.
Porque no fundo…
Talvez eu nunca quisesse fugir de verdade.
Talvez eu sempre soubesse
Que esse amor é a minha perdição.
E mesmo assim…
Eu corro para ela.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário