segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Delírios suntuosos

Nas torres dos sonhos dourados e grandiosos, 
Dançam delírios suntuosos e pomposos, 
Mas triste é o coração que vive em excesso, 
Pois o que é demais se torna um peso. 
As riquezas adornam a vida com brilho, 
Mas a alma cansada almeja um abrigo, 
Pois o ter além do necessário e bom, 
À tristeza profunda nos leva, qual som. 
 
Oh, como são tristes os risos forçados, 
Das almas que têm tudo, mas estão esgotados, 
No luxo e na opulência perdem o fulgor, 
Buscam a paz, mas encontram só dor. 
Nos salões de extravagância e excesso, 
Se esconde a tristeza em cada sucesso, 
Pois quem tem o que é demais, enfadado está, 
Anseia pela simplicidade, por um novo olhar. 
 
A felicidade reside na medida certa, 
Onde a paz e o contentamento se abrigam na descoberta, 
De que menos é mais, na verdade do coração, 
E a simplicidade traz alegria, em toda direção. 
Portanto, cuidado com os delírios suntuosos, 
Pois neles o vazio se torna mui doloroso, 
Busquemos a harmonia entre o ter e o ser, 
Pois assim a tristeza poderemos vencer. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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