terça-feira, 15 de agosto de 2023

Incandescente

Ela era bonita, de um jeito incandescente, 
Como estrela cadente, em céu a reluzir. 
Mas sua beleza, embora envolvente, 
Era o menor dos brilhos que dela vi emergir. 

Seus olhos guardavam mistérios profundos, 
Histórias, segredos, mundos e mundos. 
Seu sorriso era mais que um gesto elegante, 
Era um convite à esperança, vibrante. 

A sua voz, como o canto de um beija-flor, 
Trazia acalanto, suavidade e muito amor. 
E em seu coração, repleto de bondade, 
Havia um universo de ternura e verdade. 

Era daquelas almas, raras de se encontrar, 
Que iluminam o mundo, sem precisar falar. 
Pois sua força não estava na estética ou feição, 
Mas na capacidade imensa de dar-se sem condição. 

Ela era bonita, sim, em sua essência e cor, 
Mas sua maior beleza estava no seu interior. 
E quem tivesse a sorte de realmente a conhecer, 
Descobriria que a beleza era só um detalhe a se perceber. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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