Uma vida se esconde, tão obscura, imunda.
Mergulhada no silêncio, sem luz a brilhar,
Um coração palpita, tentando se encontrar.
Os olhos que viram tanto, mas pouco revelaram,
Mistérios que guardaram, emoções que calaram.
No vazio da existência, onde ecos não ressoam,
Histórias se perdem, e muitas não ecoam.
A alma errante busca o brilho que a guie,
Mas a escuridão densa o caminho escondia.
No entanto, mesmo na mais profunda noite,
Uma faísca pode espantar a tristeza que insiste.
Pois na obscuridade da vida que persiste,
Há sempre uma esperança, um sonho que existe.
E mesmo que o mundo pareça virar as costas,
A chama interna, em silêncio, ainda se gosta.
E quando a noite cai, e tudo parece encoberto,
Olhe para dentro, onde o amor permanece perto.
Pois mesmo na vida mais escura e reclusa,
Há um brilho interno, uma força oculta e difusa.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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