domingo, 13 de agosto de 2023

Um amor perdido em lembranças

Em um jardim que florescia, 
Com cores, aromas e calor, 
O amor que antes crescia, 
Perdeu sua voz, seu vigor. 

Não foi culpa do destino, 
Nem capricho de verão, 
Foi o tempo, em desatino, 
Roubando a paixão. 

Teus olhos, antes faróis, 
Que iluminavam meu caminhar, 
Agora são dois sóis, 
Que me queimam, sem me abraçar. 

Deixei de amar, não por querer, 
Mas porque o amor, em seu afã, 
Optou por esconder, 
O que antes era chama, era imã. 

O silêncio entre nós gritava, 
Em ecos de saudade do que foi, 
E enquanto o tempo passava, 
A distância entre nós dois só crescia, depois. 

Não te culpo, nem me culpo, 
Pois o amor é como o vento, 
Às vezes suave, às vezes pulso, 
E às vezes, só um lamento. 

Deixei de amar, não por esquecer, 
Mas por lembrar demais, 
De um tempo que não vai voltar, 
Onde éramos paz, e agora, jamais. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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