O negro enfrenta seus calvários,
Briga por justiça, respeito, sem vícios,
E carrega nas costas séculos de sofrimentos vários.
No olhar, a história de lutas passadas,
De ancestrais que resistiram, insistentes,
Nas veias corre o sangue das jornadas,
De guerreiros e guerreiras resplandecentes.
O revólver engatilhado, uma ameaça constante,
É o medo que tenta aprisionar o espírito combatente,
Mas a força que emana de sua alma vibrante,
Desafia o preconceito de quem olha diferente.
Quem vai de graça para o presídio, para o saco,
É a vítima de um sistema que não dá espaço,
Mas o grito do justo não será jamais em vão,
Pois a luta por igualdade é a verdadeira missão.
A dor do preconceito, a injustiça aferroada,
São fardos que carregam, dia após dia,
Mas na luta pelo direito, a alma renovada,
Sabe que a verdadeira batalha é por harmonia.
Que o direito de brigar seja sempre respeitado,
E que a justiça prevaleça sobre o errado,
Porque no coração do negro, a esperança reside,
E na busca por respeito,
A luta nunca se esconde e nunca se esquiva.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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