domingo, 13 de agosto de 2023

Cada segundo que se esvai

Em um universo vasto e sem fim, 
O tempo escorre por entre dedos meus. 
Oh, tempo, que cruel e sutil és tu, 
Que desapareces, e nunca mais retornas, 
 Nem que queiras eu. 

Cada segundo que se esvai, é um pedaço que se vai, 
Da etérea dança entre o ser e o nada. 
Perdemos tempo em vão, distrações e ilusão, 
Buscando o que? 
Em um mundo de constante transformação? 

Para uns, tempo é dinheiro, uma moeda passageira, 
Mas o sábio entende seu valor verdadeiro. 
Não é só pelo que se pode comprar, 
Mas pelos momentos, 
Sonhos e amores que podemos abraçar. 

Quantos, por medo ou desdém, deixam de amar? 
Quantos momentos deixamos de aproveitar? 
A vida, em sua fugacidade, nos ensina a urgência, 
De abraçar o agora, com plena consciência. 

As razões para valorizar cada instante são claras, 
Pois são as memórias que em nossa alma se alastram. 
O tempo, quando bem vivido, vira história, 
E cada momento, uma pequena vitória. 

Então, antes de dizer que tempo se perdeu, 
Pergunte-se: o que realmente com ele se fez? 
O verdadeiro valor do tempo não está no relógio, 
Mas nas marcas que deixa em nosso espírito. 

Valorizemos, então, cada segundo que temos, 
Porque no fim, eles são tudo o que realmente levamos. 
E, ao perdermos tempo, perdemos vida, e assim, 
Deixamos de ser, mesmo ainda existindo até o fim. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário