quinta-feira, 31 de agosto de 2023

No coração humano

Nas sendas da vida, onde os raios dourados se escondem, 
Despontam histórias de almas, destinos que se correspondem. 
Altruísmo ergue suas asas, como o sol que aquece a aurora, 
Bondade flui como um rio, carregando a paz que tanto implora.
No coração humano, a compaixão encontra morada, 
Um farol em meio à escuridão, guia na jornada. 
Desespero às vezes espreita, como a sombra da noite escura, 
Mas a chama interior persiste, mesmo na crise mais obscura. 
 
Solidão, a companheira silenciosa, às vezes abraça a alma, 
Um vazio profundo que nos leva a buscar a calma. 
Na encruzilhada do ser, a crise existencial se desenrola, 
Questionamos o propósito, a busca por uma sólida parola. 
Mas eis que surge a luz das estrelas, no céu noturno a brilhar, 
Lembrando-nos que somos parte desse universo a pulsar. 
Na mão estendida, no sorriso compartilhado sem medida, 
Encontramos as respostas, a razão para essa vida colorida. 
 
Pois mesmo nas sombras há esperança, como o sol atrás da montanha, 
E na doação sincera, a força que nossa jornada acompanha. 
Despertamos para o fato de que, juntos, somos mais fortes, 
Caminhando lado a lado, superando quaisquer desafios e sortes. 
Então, abracemos a missão de sermos luz na escuridão, 
Cultivando altruísmo, bondade, compaixão, na contramão. 
Que a solidão seja apenas um intervalo, não o destino final, 
E na crise existencial, encontremos um renascer vital. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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