terça-feira, 29 de agosto de 2023

Amor fugaz

Em vãos retiros te busquei, amor, 
Por entre sombras, campos e avenidas, 
Teu vulto escapa, e minhas mãos perdidas 
Tentam alcançar-te em vão, oh triste dor. 
 
Por que foges assim, fugaz fulgor? 
Será que meus anseios e feridas 
Te afastam mais, em sendas esquecidas? 
Amor que foge, causa-me temor. 
 
Mas mesmo em fuga, vejo teu reflexo, 
No riso alheio, no crepúsculo complexo, 
Na brisa mansa que acaricia o rosto. 
 
Fugindo vais, mas deixo a porta aberta, 
E embora doas como punhal no peito, 
Espero-te, amor, sempre de braços abertos. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário