Por entre sombras, campos e avenidas,
Teu vulto escapa, e minhas mãos perdidas
Tentam alcançar-te em vão, oh triste dor.
Por que foges assim, fugaz fulgor?
Será que meus anseios e feridas
Te afastam mais, em sendas esquecidas?
Amor que foge, causa-me temor.
Mas mesmo em fuga, vejo teu reflexo,
No riso alheio, no crepúsculo complexo,
Na brisa mansa que acaricia o rosto.
Fugindo vais, mas deixo a porta aberta,
E embora doas como punhal no peito,
Espero-te, amor, sempre de braços abertos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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