quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Que o vento me leve

Em meio à vastidão do tempo, tão estreito, 
Preciso de um novo caminho, discreto e reto, 
Libertar-me das coisas feias e reais, 
Desvencilhar-me das sombras e dos vendavais. 
 
Todos os lugares parecem iguais, 
Ecos de memórias, momentos triviais. 
Em cada esquina, em cada viela, 
A solidão insiste, fiel sentinela. 
 
Ficar sempre sozinho, não é o que quero, 
Mas, às vezes, é o preço do destempero. 
No entanto, busco nos raios do dia, 
Preciso de um tempo de alegria. 
 
Que o vento me leve, que o sol me guie, 
Para um amanhã onde a esperança floresça e confie. 
E nesse novo caminho, possa eu encontrar, 
Um lugar onde a alma possa, enfim, descansar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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