quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Muitos amores

Muitos amores eu tenho, 
eles me ligam, 
vêm para mim, 
imponentes, 
de vontades indecentes. 

Alguns me tocam a alma, 
com ternura, e sem calma, 
outros são feito chama, 
que rapidamente reclama, 
mas se esvai e me desama. 

Na dança dos sentimentos, 
alguns vêm como ventos, 
passageiros e breves, 
outros como tormentos, 
profundos e graves. 

Mas cada um, a seu modo, 
marca o compasso da vida, 
alguns são como o lodo, 
outros, a cura da ferida. 

 Muitos amores eu carrego, 
na valsa do meu peito, 
alguns eu ainda prego, 
outros, já não têm jeito. 

Mas com todos eu aprendo, 
no vai e vem, no silêncio, 
que amar é se entregar, 
e, às vezes, só se perder no tempo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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