quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Toque ardente

 No instante em que minh’alma te alcança e sente, 
Um fogo oculto nasce em minha mão, 
Teu corpo é chama em brasa incandescente, 
Que acende a noite e inflama o coração. 
 
No roçar breve, o mundo se dissolve, 
Resta o silêncio em febre a consumir, 
Teu pulso é mar que em ondas me revolve, 
Teu hálito é vento a me invadir. 
 
Tocar-te é rito, é sagrado desvario, 
É mergulhar em abismos de ternura, 
É transformar em luz o mais sombrio. 
 
E se em teu corpo a eternidade jura, 
Que seja o instante, ardente e fugidio, 
O templo vivo da paixão mais pura. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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