Um fogo oculto nasce em minha mão,
Teu corpo é chama em brasa incandescente,
Que acende a noite e inflama o coração.
No roçar breve, o mundo se dissolve,
Resta o silêncio em febre a consumir,
Teu pulso é mar que em ondas me revolve,
Teu hálito é vento a me invadir.
Tocar-te é rito, é sagrado desvario,
É mergulhar em abismos de ternura,
É transformar em luz o mais sombrio.
E se em teu corpo a eternidade jura,
Que seja o instante, ardente e fugidio,
O templo vivo da paixão mais pura.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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