sábado, 13 de setembro de 2025

No vazio

 Sozinho, 
Até que o silêncio respira em mim. 
 
Nenhuma voz, 
Nenhum gesto, 
Apenas a minha sombra 
Aprendendo a ser companhia. 
 
No vazio, 
Descubro o abismo, 
E nele encontro um rosto: 
O meu. 
 
A solidão se abre 
Como uma porta oculta, 
E do outro lado 
Sou eu 
Inteiro, despido, 
Finalmente presente. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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