Ergue-se altivo, na terra fronteiriça,
O Marco do Jauru, pedra e memória,
Símbolo de tratados, lutas e pactos,
Página gravada na vasta História.
Ali, onde rios beijam a planície,
Homens de reinos distantes chegaram,
Com penas, pergaminhos e espadas,
E fronteiras incertas demarcaram.
Foi sangue, suor, conquista e dor,
Foi o peso dos impérios rivais,
Mas ficou, na pedra, a marca do tempo,
Testemunha de feitos imortais.
Marco erguido, testemunha solene,
Guardião das fronteiras e dos ancestrais,
Conta aos filhos de Cáceres sua lição:
Que a memória é força, é raiz, é cais.
Oh, povo cacerense, não deixes ao pó
Nem ao descuido o que é teu tesouro!
Pois sem memória, não há identidade,
E se perde no vento o mais justo ouro.
Valorizar o Marco é honrar os avós,
É dar às gerações futuro e herança,
É ensinar que a História pulsa e vive,
Quando a cultura encontra esperança.
Assim canta o Marco do velho Jauru,
Com sua pedra, sua voz de granito:
“Quem guarda o passado constrói o futuro,
E no coração de seu povo é infinito.”
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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