sábado, 20 de setembro de 2025

Ode ao Marco do Jauru

Ergue-se altivo, na terra fronteiriça, 
O Marco do Jauru, pedra e memória, 
Símbolo de tratados, lutas e pactos, 
Página gravada na vasta História. 
 
Ali, onde rios beijam a planície, 
Homens de reinos distantes chegaram, 
Com penas, pergaminhos e espadas, 
E fronteiras incertas demarcaram. 
 
Foi sangue, suor, conquista e dor, 
Foi o peso dos impérios rivais, 
Mas ficou, na pedra, a marca do tempo, 
Testemunha de feitos imortais. 
 
Marco erguido, testemunha solene, 
Guardião das fronteiras e dos ancestrais, 
Conta aos filhos de Cáceres sua lição: 
Que a memória é força, é raiz, é cais. 
 
Oh, povo cacerense, não deixes ao pó 
Nem ao descuido o que é teu tesouro! 
Pois sem memória, não há identidade, 
E se perde no vento o mais justo ouro. 
 
Valorizar o Marco é honrar os avós, 
É dar às gerações futuro e herança, 
É ensinar que a História pulsa e vive, 
Quando a cultura encontra esperança. 
 
Assim canta o Marco do velho Jauru, 
Com sua pedra, sua voz de granito: 
“Quem guarda o passado constrói o futuro, 
E no coração de seu povo é infinito.” 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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