O medo é sombra antiga,
Que caminha ao lado de cada passo.
É vento frio que arrepia a pele,
É rio turvo que tenta deter a travessia.
Ele não mente: existe para nos guardar.
Mas quando se ergue como muralha,
Ameaça sufocar o voo dos sonhos.
É então que a coragem se revela
Não como ausência da noite,
Mas como estrela que ousa brilhar dentro dela.
É fogo que arde em meio à tempestade,
Flor que nasce no deserto,
Ponte lançada sobre o abismo.
Ser corajoso
É dançar com o medo sem deixar que ele conduza,
É atravessar a névoa
Confiando que há caminho além dela.
E, ao romper a fronteira do temor, descobre-se:
O medo era apenas guardião da porta,
E a coragem, a chave que abre horizontes.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário