Não direi “olá”, nem “quem é você?”,
Mas abrirei o peito como um livro antigo,
E nas páginas gastas, dirá: “eu já te amo.”
Se vieres com passos incertos,
Com o coração hesitante e os olhos cheios de talvez,
Eu escreverei, com mãos trêmulas de eternidade,
A mais linda poesia que um amor pressente.
Te amaria antes da tua chegada,
Como se o tempo pudesse ser enganado
Por um sentimento que nasce antes do corpo,
Como perfume antes da flor.
Diria “te amo” não por te conhecer,
Mas porque teu nome ecoa
Em versos que ainda não escrevi,
Mas que já moram em mim.
E a poesia que escreveria
Não teria fim,
Porque amar assim
É continuar escrevendo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário