Como quem entra em casa antiga,
Descalço,
Para não acordar teus medos.
Desejo ser dono dos teus pensamentos,
Não por posse,
Mas por abrigo.
Quero morar no instante
Em que teu silêncio me imagina.
Se eu pudesse,
Teu coração seria minha morada
E tua mente, minha estrada secreta.
Andaria por teus labirintos
Sem mapa, sem pressa,
Só para aprender teus atalhos.
Te invadir, não com armas,
Mas com versos.
Tomar teu coração
Como quem toma chá numa varanda,
Lento, inteiro, presente.
Queria ser pensamento distraído teu,
Aquele que chega sem convite
E te rouba um sorriso
Quando ninguém está vendo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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