A História é uma tapeçaria
Tecida com fios de esquecimento e memória.
Quem a contempla com olhos atentos
Vê que o tempo não passa — apenas muda de roupa.
Há encantos escondidos
Nas ruínas e nos pergaminhos.
Cada pedra antiga
Murmura o nome de alguém
Que acreditou que seria eterno.
A História não dorme nos livros.
Ela respira em cada gesto,
Em cada olhar que repete,
Sem saber, o movimento de um antepassado.
O passado é uma bruma viva.
Quem ousa atravessá-la
Sente o toque frio das eras,
E talvez — só talvez,
Descubra a si mesmo do outro lado.
A História é uma feiticeira
Que transforma pó em mito,
Dor em ensinamento e sangue em lembrança.
Seu encanto é cruel:
Quem a ama,
Jamais volta a ver o presente da mesma forma.
Cada data é uma cicatriz do tempo.
Mas sob cada ferida
Há um coração que ainda pulsa, esperando ser ouvido.
Estudar a História
É conversar com fantasmas
Que insistem em ensinar os vivos a sentir.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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