Quando guarda um pouco do que sabe,
Como quem protege um fogo em meio ao vento.
Quando duvida do que ouve,
Como quem não se deixa levar por ecos vazios.
E quando ri do resto.
É só o modo mais bonito de dizer
Que o caos já não nos fere.
Silêncio é sabedoria disfarçada.
Incredulidade,
Um escudo contra a mentira do mundo.
O riso, esse último gesto de liberdade
De quem aprendeu que viver é rir
Mesmo com a alma em brasas.
Nem tudo se diz.
Nem tudo se crê.
Mas o que sobra:
O absurdo, o erro, o acaso,
A gente ri.
Porque o riso é a vingança dos lúcidos.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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